sexta-feira, janeiro 11, 2008

Aquelas coisas....

engraçado.... é impressionante como nós somos, muitas das vezes, obrigados pelo nosso meio a gostarmos de uma coisa ou de outra. Por exemplo: a galera que fez cinema TEM que gostar de alguns clássicos e abominar outros. Os historiadores TEM que gostar de Marx, SER de esquerda e ODIAR os Estados Unidos. Ou ser exatamente o contrário disso. Quem gosta de música nacional DEVE amar a mpb embora considere o João Gilberto um saco.
As pessoas gostam de rótulos. Tanto para usar quanto para colocar nos outros. E o engraçado é que não tem meio termo: ou se É ou não É.
Pensando nisso vasculhei a internet hoje, mais precisamente o limewire para baixar umas músicas de jazz, pois é muito comum as pessoas falarem que jazz é uma maravilha e coisa e tal... e eu para esconder a minha ignorância apenas balanço a cabeça.
Acredito ser "feio" (perante um determinado círculo de pessoas) desconhecer grandes músicos como John Coltrane, Miles Davis e uma galera desse naipe. Portanto lá fui eu atrás de um álbum chamado "A love supreme" do supracitado John Coltrane.
Comecei a ouví-lo esperando uma revolução musical aos meus ouvidos, semi virgens para esse tipo de som. Ao colocar a música no media player me deparo com o seu tamanho, cerca de 18 minutos. Começo a ouvir....
Primeiro um solo de bateria onde destaco os pratos... como o baterista os usa! toda hora tem um som de "Plash", tumtumtum... "plash"..... caramba! Depois de uns 5 minutos só de bateria entra o sax do John Coltrane. Um sax triste, parece que o cara tomou todo o whisky do mundo, terminou com a mulher e descobriu que o melhor amigo passou os últimos 5 anos roubando seu dinheiro. Muito triste. Depois de mais uns 5 minutos de sax, volta a bateria para uns últimos plash e tumtumtum.
Estranho. Esperava me tornar um novo homem após essa experiência, mas sigo o mesmo. Hum... das duas uma: ou não entendi nada, ou achei tudo um saco.
Mas mesmo assim darei uma outra chance ao jazz.... que venha o Miles Davis.